Sejam bem-vindos, investidores desportivos!

Quase todos aqueles que desejam tornar-se apostadores a tempo inteiro, começam por fazer a mesma coisa: calcular quanto dinheiro precisam realizar, mensalmente, para conseguir viver de forma, minimamente, confortável.

Escolher e manter este valor, raramente, é a melhor estratégia e é, precisamente, isso que irei focar ao longo deste artigo.

Ganhar a vida com apostas desportivas é extremamente cativante. Quem não deseja trabalhar quando quer, a partir de onde lhe apetece? Mas será recomendável alguém optar por largar um emprego estável e fazer carreira nas apostas desportivas?

A ideia de determinar um valor faz sentido, porque a maioria das pessoas tem um orçamento mensal, calculado com base nas receitas e despesas, de forma a viver com algum conforto.

Quem, no seu perfeito juízo equaciona a possibilidade de trocar o emprego actual por outro, onde ganhe menos? Ninguém. Que vantagem traz esta decisão para a vida?

O grande problema é que ter um orçamento mensal nas apostas desportivas pode transformar-se, rapidamente, num obstáculo e não num objectivo, “arrastando” muitos apostadores para o fracasso.

Estipular um objectivo ou um valor mensal obriga a agir

Acontece que as apostas desportivas não têm um calendário fixo, nem sequer se conseguem encontrar oportunidades de valor, para apostar numa base diária. Mas se o apostador tem uma meta financeira, que precisa atingir para pagar as suas contas, o mais natural é que se obrigue a apostar, muitas vezes ou maior parte das vezes sem valor, acabando por, consequentemente, afastar-se cada vez mais do seu objectivo.

Consegue imaginar o resultado disto?

Quem respondeu: forçar apostas ou recuperar perdas, acertou!

É muito, mas muito difícil, um apostador regular manter a calma e a presença que são necessárias, quando atravessa um período de perdas, uma variação negativa, vendo as facturas a acumularem-se. Um apostador experiente terá outra abordagem perante estas fases, porque tem um método e já passou por isso, anteriormente.

Ter uma meta ou um objectivo pode potenciar a passividade

O objectivo financeiro, o valor mensal estipulado pelo apostador serve de âncora, para o bem e para o mal. Se por um lado está obrigado a agir, chegando muitas vezes a apostar de mais, por outro pode servir como “travão”, nos meses em que começa com óptimos resultados, obrigando-se não fazer nada para não provocar o retrocesso do resultado já obtido.

A consequência acaba por ser a perda de oportunidade de maximizar os resultados, lucrando ainda mais.

Trabalhar para um valor mensal pode dar uma falsa sensação de recompensa

O ser-humano esforça-se por concretizar um determinado objectivo e quando o atinge, sente uma grande satisfação. O mesmo sucede nas apostas desportivas, um apostador pode trabalhar imenso e fazer uma quantidade de apostas muito boas, e ainda assim o seu resultado ser fraco, ou pode ter muita sorte numa sucessão de apostas menos boas.

O sucesso só pode ser determinado e avaliado através da frequência com que o apostador atinge a sua meta, ou o seu valor mensal.

Focar-se, simplesmente, em atingir o seu valor mensal pode acabar por desvirtuar o processo de apostar, criando uma falsa sensação de recompensa e por consequência, de satisfação.

Ter um determinado valor mensal a atingir, uma meta, pode ser emocionalmente desafiante e se o apostador não conseguir criar um conjunto de mecanismos mentais que o protejam, pode enlouquecer e entrar numa depressão profunda, por não conseguir atingir o objectivo.

Experimente, antes de mais, focar-se em desenvolver o seu método, criar o seu próprio processo de apostar, procurando sempre fazê-lo com vantagem, com o famoso EV+ e quando este processo for apenas um mecanismo, pegue nas suas apostas e faça uma projecção de lucros, baseado nas receitas já obtidas.

Um bem haja!